Chá da tarde.
Vermelhas, amarelas, azuis,
As madrugadas de teu interior
A repicar em varandas abertas
De minha vida, tatuagens venais,
Em meus vícios sortidos
Aos mordidos campos pastéis,
Horizonte de janelas eternas
Doces tardes cremosas
Nas caldas amarronzadas
Entre bocas rosadas etéreas
De indecentes testemunhas cintilantes
Na furta-cor, prismas aveludados,
Tinturas remanescentes
Em gozo diurno de asas
Ruflando em miscelânea dourada
Cinza-alaranjado, prata,
Cobre minhas portas suas moradas
Sem fechaduras podadas - tempos!
Doutrina sem ensinamentos
Cálidas palavras dementes
Em festa nos tons a despertar
Prazeres em bolhas espumadas
No leite com chá