CORAÇÃO DO SERTÃO

Varre a caatinga cinzenta

O vôo negro dos urubus

Buscando a mortos onde não há vida

Na triste paisagem do sertão

A acauã canta em forma de lamento

A beleza deu lugar para tristeza

Do céu nenhuma gota de água cai

O sol como uma bola de fogo vem e vai

O sertanejo se ajoelha e reza

Para a chuva cair e nascer uma planta no chão

Ele ainda acredita que a esperança é verde

Mesmo que esta cor não exista mais no sertão

O vento forte sopra

Fazendo redemoinhos levando para longe seus sonhos

Ele agarra-se no que ainda lhe resta

Na esperança de ouvir no telhado a noite a chuva cair

E ver seu sertão amanhecer em festa.

Autor BRIONE CAPRI direitos autorais reservados a o autor

BRIONE CAPRI
Enviado por BRIONE CAPRI em 10/07/2006
Código do texto: T191529
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