I
Plantei cânticos de chumbo
esqueléticos olhos aflitos
prisão de sombras;
pegajosos pesadelos
redemoinho de dores
calejando mãos
II
cadafalso de horrores
poema rasgado
grámática grita silêncio
alma corroída arqueja
amarga em transe
noites esfarrapadas
III
é hora de fritar ossos
retorcer curvas
incinerar arcanjo
hora de sanar
vertigem, esfinges
erguer canção
sobrevoar o nada
desvencilhar arapulcas
nessas manhãs
desgrenhandas.
Plantei cânticos de chumbo
esqueléticos olhos aflitos
prisão de sombras;
pegajosos pesadelos
redemoinho de dores
calejando mãos
II
cadafalso de horrores
poema rasgado
grámática grita silêncio
alma corroída arqueja
amarga em transe
noites esfarrapadas
III
é hora de fritar ossos
retorcer curvas
incinerar arcanjo
hora de sanar
vertigem, esfinges
erguer canção
sobrevoar o nada
desvencilhar arapulcas
nessas manhãs
desgrenhandas.