Adorno da dor
Repare peregrino errante,
esse caminho é por demais
perigoso.
Se arrisca muito ao deparartes
com o escárnio,
com o ódio
e com a tão presente melâncolia.
Olhe em volta!
O que vês?
sentes dor?
Mas não tenha medo,
não há nada que não tenha sentido antes.
Tudo é conhecido ao teu coração,
tua sujeira amiga
se exalta com tamanha familiaridade.
tenhas pena apenas de ti;
nesse caminho não vale
de nada a solidariedade.
O que pensas?
O que temes?
Se a carne é fraca,
não te exaltes.
Tua vaidade me entristece!
Apenas siga,
sem se importar com as vontades,
com as sedes luxurintes.
Sêde forte,
ame a morte;
que viver tem nos matado.