CHUVEIRO A DOIS!

Não bastasse a água morna

me lambendo a nuca;

como a me acender pro seu amor.

O prazer quase entorna

e o corpo luta;

é tua a seiva toda,

vem, por favor!

Brinca o chuveiro em nossas bocas,

teus seios nos mamilos meus,

tua mão me empunha e ajeita do teu jeito,

meus dedos brincam em solo teu;

teus dentes mordiscam minha face e o queixo,

já não me pertenço, sou teu.

E a carne interna toda se umedece,

a gente tece o prazer que Deus nos deu.

Um vinho, o olhar perdido e o fogo atiça,

envolto em tentação forte a esquentar;

já quase não dá pra ouvir o chuveiro,

parceiro dessa loucura de amar.

Sorvo o sal do seu sexo, água, o reflexo

e eu agonizo no olhar teu,

me pedes que eu vá fundo, xô pro mundo!,

a razão já se rendeu;

me enfio em tuas costas,

mexes e gostas, tua carne engole o ardor que se pôs.

E a gente treme todo, sob a água;

o gozo vem menino, vem divino ... pros dois.

Tony Guedes
Enviado por Tony Guedes em 10/07/2006
Reeditado em 11/07/2006
Código do texto: T191314