CHUVEIRO A DOIS!
Não bastasse a água morna
me lambendo a nuca;
como a me acender pro seu amor.
O prazer quase entorna
e o corpo luta;
é tua a seiva toda,
vem, por favor!
Brinca o chuveiro em nossas bocas,
teus seios nos mamilos meus,
tua mão me empunha e ajeita do teu jeito,
meus dedos brincam em solo teu;
teus dentes mordiscam minha face e o queixo,
já não me pertenço, sou teu.
E a carne interna toda se umedece,
a gente tece o prazer que Deus nos deu.
Um vinho, o olhar perdido e o fogo atiça,
envolto em tentação forte a esquentar;
já quase não dá pra ouvir o chuveiro,
parceiro dessa loucura de amar.
Sorvo o sal do seu sexo, água, o reflexo
e eu agonizo no olhar teu,
me pedes que eu vá fundo, xô pro mundo!,
a razão já se rendeu;
me enfio em tuas costas,
mexes e gostas, tua carne engole o ardor que se pôs.
E a gente treme todo, sob a água;
o gozo vem menino, vem divino ... pros dois.