CHAMA DA LOUCURA

A chama da loucura

Canta para a lua

Os olhos ardentes

Torcidos de paixão

Espalham aromas

Inconfessados desejos

Crivados de fome

Entrelaçam abraços

Nos lençóis de nuvens

Nos cálidos ventos de amantes

Que atam fitas vermelhas

Revirada a alma queima

Em doridos apelos

Que arrasta o universo

De nossos corpos

Que galopa nas estrelas

Abre as cortinas

Pela vida como frenesi

Flores rubras desse encontro

Neste prazer quase total

A madrugada se entrega invade

Nossos recantos recôndito

Da alma que arrebata sonhos

Poetisa os minutos-instantes

Eterna magia de nós no mais cálido

Vento a esvair-se nesses odores

A prolongaram-se pela manhã

Plena que plana nesse tempo-já.

Iára Pacini