Morro

Morrerei primeiro, é certo,

Talvez por bala, por vicio ou por Amor.

Talvez ainda te queira por perto,

Mas não vá ainda, sinta a amargura de minha dor.

Sinta o vazio de que minha alma se encheu

Sinta a tristeza de minha voz, de meu olhar

Pela mascar de minha força, veja o que se rompeu.

Sinta minha alma fluindo, tentando de ti se afastar.

Sofro, sangro, mato-me, sinto-me morrer...

Enquanto sentires minha presença contigo, me amarás,

Ainda que distraída, escondida, abstenta de sofrer.

Se ainda me amas, como te amei um dia,

Talvez tenhas a chance de salvar-me das chamas;

O Inferno da Solidão me reclama, posto ser eu sua cria.

Eduardo Macário
Enviado por Eduardo Macário em 08/11/2009
Código do texto: T1912140
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