ESPERANÇA
O sono espanta
Na água que desliza
Em gotas cintilantes
Que sua alma encanta.
Vem a brisa fria
Da madrugada amiga
Recebe-a docemente
Num beijo de bom dia.
No canto da cotovia
Veste-se de luz
Recolhe seus sonhos
Da utopia.
Abre a porta do mundo
Adentra resoluta
Expõe sentimentos
Dentro de um livro mudo.
Regressa depois de tantos nãos
Mas... Não desiste!
Da incompreensão despida
Olha o livro em suas mãos.
Será aberto e lido (um dia!).
Reveste-se de esperança
As lágrimas caem na sua face
Enquanto lá fora, a coruja pia.
Belém, 22/10/04 – 23h40.