CASO PERDIDO
Distanásia
Enferma incurável
Biologicamente morta
Em mim a poesia não vê da saída a porta
Moribunda poesia
Rejeita ao pó retornar
Mas a carne da poesia
É ambrosia
O sangue é vinho
O coração é arminho
Pena de passarinho
Os ossos da poesia são de aço
Por favor avisem
Aos cientistas
À Bioética e ao Biodireito
Que a poesia
É mesmo assim
Não tem jeito