A metade da ausência
Tenho medo de entrar
nos teus olhos,
porque se me afogo
ou se me molho,
me perderei pra sempre
e não quero me perder;
quero ficar ainda gente.
Desculpe se te olhei
com estes olhares fome
e te chamei de amor,
sem saber teu nome.
Que me acostumei,
sempre que me apaixono,
com o incômodo receio
de perder algo de mim
e ficar só com meio.
Mas, com você, prometo
que vou pensar diferente;
ver se ficar metade, é pior
do que ter você ausente.