Reescrever

Peguei os textos que estavam escondidos,

e revi o que havia de mim.

Abri as gavetas onde os vi reconstruídos,

vivi, começo, meio e novo fim.

Quando tento reescrever o que passou,

faço algo que não dá.

Como vou reescrever o que findou,

se nada dele mais aqui há?

Marcas de tintas saem facilmente da mão,

mas no que sentimos permanece.

Lembranças invadem o íntimo do coração,

novamente o passado acontece.

Mas na verdade quem escreve é assim,

busca inspiração no que passou.

Nossas maiores fontes já tiveram um fim,

mas o poço no fundo nunca secou.

Busco então no passado algo vivo,

para trazer luz a imaginação.

A palavra é algo que me dá incentivo,

para eternizar uma boa ação.

E como sou um cara reflexivo,

retiro o que disse ao inicio dessa poesia.

Devemos sim abrir o nosso arquivo,

não cometer o mesmo erro nesse novo dia.

FVC. 07/11/2009

obs: tenho muitos textos que ainda postarei aqui, são pedaços de mim perdidos em cadernos em rascunhos, e revendo-os pensei em modifica-los para aqui posta-los, mas não irei isso fazer, não vou modificar o que já escrevi, vou sim escrever o que não vivi, como acabei de fazer aqui.

Abraços...

Fernando Lobos
Enviado por Fernando Lobos em 07/11/2009
Reeditado em 13/11/2009
Código do texto: T1909977
Copyright © 2009. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.