Anuro

Sem olhos,

sem claros,

nem faros.

Sem fins,

sem dias,

nem poesia.

O pobre sem rabo,

sem rabo viveu.

Desrabado, corrreu.

Sem noites,

sem cores,

nem flores.

Sem rimas,

sem risos,

nem juízo.

Se quiseram enrabar,

ninguém sabe, ninguém viu.

Do jeito que veio, sumiu.