O Poder...PONTO.
As palavras se agitam,
Misturam-se aos gritos
De vogais desafinadas,
Consoantes alucinadas,
Enlouquecendo o poema,
São centenas,
Talvez milhares de versos,
Sem razão e direção;
Desenham no céu o calor,
Que explode em guerras,
Destruindo as canções,
Que o poeta cantou,
Na janela da amada,
Quando aprendeu o amor.
Vem a labareda da arrogância,
Queima a infância,
Antecipa os sinais,
Quer o poder sem perceber:
A lira já parou,
Para ele e para nós;
Não sobraram letras,
Apenas vírgulas vestidas de anjo,
Para estas o ponto não finalizou.
Maísa Cristina Vibancos