Desconforto
Anda, a noite anda.
Escorre sem fim, num monóto pingar,
enquanto rolo sem parar em meu caixão de dormir.
Não sou um vampiro qualquer,
me alimento de você
e digo mesmo que te odeio quando acordo.
Que droga de dia!
Esperaria toda eternidade
para perder essa palidez farçante,
esperaria uns minutos para ter você a meu lado
com a mesma raiva de sempre.
Pobre escuridão,
reclusa,
obtusa,
conclusiva.
Pulha!