Mulheres Serenas, de Atenas.
Daquelas mulatas que deslizam sobre pernas esculturais, mulheres carnais, que nós, pobres mortais, sonhamos.
E daquelas que além de desfilarem e exibir-se, quando suas carnudas bocas se abrem, soa em tom fresco toda inteligência transcendental do universo, mística e intelectual. Aquelas mulheres que de tudo sabem, e nos desfazem e se refazem, de olhar fixo e tal.
E daquelas que lavam e passam e cozinham, e ainda por cima, cuidam dos nossos filhos e nos dão prazer.
E é por isso que de mãos de homens normais, que nada tem de sobrenaturais, surgem obras, que são apenas provas, das noites que sofrem e choram por estas mulheres de Atenas, as Helenas, serenas.