minhas mãos

insensata

desatas

tuas mãos das minhas

que ficam sozinhas

de palmas pro ar

te pedindo que esperes

te pedindo que fiques

mas nada

nada te faz voltar

tristes

minhas mãos não resistem

se calçam nas luvas de frio

se guardam nos bolsos vazios

do meu paletó de lã

enquanto eu caminho de volta

sozinho

debaixo do dia sombrio

daquela manhã

jose luis lacerda
Enviado por jose luis lacerda em 04/11/2009
Código do texto: T1904769