minhas mãos
insensata
desatas
tuas mãos das minhas
que ficam sozinhas
de palmas pro ar
te pedindo que esperes
te pedindo que fiques
mas nada
nada te faz voltar
tristes
minhas mãos não resistem
se calçam nas luvas de frio
se guardam nos bolsos vazios
do meu paletó de lã
enquanto eu caminho de volta
sozinho
debaixo do dia sombrio
daquela manhã