Adeus dona do nosso amor
Sinto falta do teu sorriso
Gravado em tantos retratos
Teu semblante era pintura
Que enchia de cores a casa
E teu abraço era um lar.
Onde estão as longas conversas?
Agora são só lembranças.
Seu corpo ali estendido
Já não pode mover-se
Suas mãos frias não reconheço
Pois teu calor aquece a memória.
Havia tanta vida no teu corpo!
Agora tua alma segue
A pele ali entre as flores
E homenagens de todos
Nos ensinastes tantos valores!
E deixastes tantos amores:
Filhos, netos e bisnetos
Neste mês das mães
O Pai Celeste te recebe
Vá descansar minha vó.
A tua verdadeira vaidade
Era um coração de vigor
E agora seguirei teus passos
Ao encontro do meu Senhor
Mas antes disso viverei
A cultivar a semente do amor.
(In memorian a Odete Pena Soares que deixou dez filhos e muitos netos, entre eles a autora deste poema e bisnetos no dia 10 de maio de 2005)