A casa de Sigfried

Entra em cena o bárbaro estúpido,

Este que entes era uma pedra e hoje,

Se tornou um soco no estômago.

Minha ânsia é de entender a feiura

que se instala nessa casa mal afamada,

em abdomens pintados de purpurina,

em bocas ávidas por lamentações,

em rosários bentos dependurados nas paredes,

em cortinas gastas pela decadência da vida.

O bárbaro se move como se dopado,

até acambalear e cair aos meus pés.

Nesse momento em que tudo é relativo,

em que a mente perdeu o discernimento,

eu recolho dessa tragédia anunciada,

um corpo que tempos depois,

preferirá esquecer o que foi esta madrugada

dentro do inferno que pode ser o que falo.