Bomba relógio (20/09/1993)
És minha bomba-relógio
Carrego-te em meu peito
À espera de detonares
Tens carga venenosa_ acredito
_ embora eu saiba que não és mortífera.
Entretanto, sei que podes causar-me o mal, mas,
Duvido: que mal maior poderias tu causar-me
Senão o cruel extirpar dos órgãos viscerais
(o que já fazes)
_ são dores pequenas, repito a mim mesmo _
e sofro à espera da (quase) letal explosão.