ÁGUA DOCE
Água doce, morna desce
da cordilheira a Marajó
Acarinha, aleita e aquece
suas matas de igapó
Álamo etéreo
que margeia seu leito
Mãe do céu de água
seu coração, seu peito
Insistência de água
sedimenta e intempera
A silenciosa fera
que modela e degrada
Desenho do acaso
senóide perfeita
cujo douro deleita
se lhe sente o ocaso