Vero (junho de 2005)

Feio, que há os dentes todos

e dos braços nariz e bocas

este o universo do poema: pessoas,

o universo de um poema em gente,

da arte o Davi ou

Retrato de Lunja Czechowska de Modigliani

que eu vi em um catálogo

não tem qualquer parentesco e também não importa, são feio

o humano, forma e disparidade: ausência

um poema tem dois lados

mas à luz da verdade é o feio,

universalmente

o Reinaldo e a Gisele não têm qualquer parentesco, porém são arte em dualidade,

são poema que são gesto, nariz e bocas: mas, mais bonito é toque

o amor, o amor tem-se na ambiguidade

gente em gênio, anjo; na presença ou conformidade _

para essa dualidade há a distância

foge a palavra _ mas há o tu,

o sucinto no amor assim como na vida,

amor ao abstrato é desafeto,

amo-te no seu movimento, poema

o gesto que deflora-te e aflora a mim plenus: versos seus;

toque-me com ilusão, por favor

o universo de um poema é tu.

Leo Marques
Enviado por Leo Marques em 02/11/2009
Reeditado em 02/11/2009
Código do texto: T1900635
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