CALA-TE, PROMÍSCUA!

Intrínseco nas veias não é sangue o que lateja: é ódio!

E esparrama-se feito praga

Coisa maldita, endemoninhada...

Os olhos reluzem cegos... cuspindo fel

Podre, a boca fede à acidez,

Enquanto balbucia qualquer demência...

Cala-te!

Porque mesmo muda és ruído

E teu ruído incomoda...

O encanto acabou

Estás morta!

Por que insistes nesse tributo à dor?

Cala-te!

O que passou...não volta!

Então, dê a volta

Por cima...

Pra realidade...

Se (re)volte, se for o caso

Não chore patética pelos cantos!

Cala-te, promíscua!

Engole a tua língua

E morre com o teu próprio veneno...