FINADOS

Muitas lágrimas caem sobre as sepulturas,

Banhando as flores ainda viçosa estão,

Choram o choro doído estas tristes criaturas,

Desde que plantaram corpos em pedaços de chão.

Pedaços de chão duro onde geme a saudade

Que debruçou a solidão para nunca mais ir.

Finados (dia dos mortos) sombras passeam à vontade

Sobre corações que chorou quando viu partir

O ser amado para uma viagem eterna sem regresso.

Deitado, quieto, agora repousa no campo santo,

Partiu tranquilo, sem bilhete, sem ingresso,

deixando para trás um amontoado de olhos em pranto.

Choro porque dentro de mim também um dia vi descer

O corpo frio e pálido de minha mãe à sepultura

E depois pás de terras cobrindo ao entardecer

o que mais amei. Finados ... mágoas ... desventura.

Dionea Fragoso
Enviado por Dionea Fragoso em 01/11/2009
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