AO CARO AMIGO POETA


 
Meu caro amigo poeta, pelos teus escritos
Todos, nada mais, gostaria eu de ser profeta,
Que caminhasse pelos trilhos dos benditos
Arranjos do teu verso, que à alma concerta,
 
Põe em alinho dores e pensares aflitos,
Do centro, límbicos e os do limbo do asceta,
Retilíneos ou beirais, de mil ais e gritos,
Intangíveis na atitude e na vida poética...
 
Tivesse eu sido alguém, que douto em particípios,
Servisse ao caro amigo ser seu par, ou auxílio
Constante, ou o aproasse como a Dante fez Virgílio,
 
Teria sido uma gota no imenso dos teus brilhos,
Ou do som sem graça de pobres rimas pobres
Que nunca escreveste, copiarias o estribilho.

 
 
 
José Carlos De Gonzalez
Enviado por José Carlos De Gonzalez em 31/10/2009
Reeditado em 02/11/2009
Código do texto: T1897904
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