Veja o gol a que o soneto se refere em:
http://www.youtube.com/watch?v=5RpQg0gKXFs
GOL DE PLACA
A torcedora roía as unhas naquela noite,
Um a um, Brasil e Argentina, no Maraca,
Os deuses do futebol, a jorrar por fontes
A arte daquela época, dos gols de placa.
E este a que vou narrar, a Fera fazia aos montes,
Pelé executou o golpe de misericórdia
A sete minutos do final, mostrou a fronte,
De suor escorrida: disse não àquela concórdia,
Ao empate, ao placar, e se movimenta rápido,
E deixa um marcador parado, a linha burra
Da defesa não enxergou o pulo do gato,
E no passe de Jair, pela direita, zurra
O zagueiro... E Ele dá um lindo drible – parado –
E mágico, bate lento, por cobertura...