As arestas da vida limando arestas



Vigia porque ao roçares
por aguçadas arestas
que sem notares te afrontam
Espreitam-te são as afeiçoadas
às esquinas da existência
e tem as suas preferências
pelas imagens dos infortúnios
pelos que andam errantes
Deambulando por vias
São como duendes arautos das florestas
Onde a liberdade é festa
Desviam-se perdem o trilho
Caem na cidade sem anjos
E os que resistem deixaram as asas
Perdem-se em amores profanos
Não zelam pela candeia que rasga
com a ténue luz que se desgasta
Minguado o fulcro do entendimento
Arestas rasgam aguçadas
Ferem mais do que matam
Precisam de vítimas desconexas
Inconsequentes desvirtuadas
perdidas num babel
onde não existe entidade
ñem um luar para retorno

de tta
31-10-09
Tetita ou Té
Enviado por Tetita ou Té em 31/10/2009
Código do texto: T1897492
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