FALENA
Escureço a noite
Sombra sobre a lua
Escondem-se fantasmas
Vozes do pensamento
As ruas da cidade cheias de células vermelhas
Acendem piscando a brancura dos lírios
Há cemitérios na madrugada
Pensativos
Ventos na copa de velhas árvores
Um murmúrio
Gritos
E vamos os dois pelas calçadas
Enlouquecidos de ciência
Dormem sob marquises
Esmeraldas
E nos olhamos
Penitentes
Pensando no que disse Fernando
Na certa para uma falena
“Tudo vale a pena
Se a alma não é pequena”