Dai-me descanso

Sinto um vazio no intelecto

que hoje é chão mas já foi tecto

Já se varreu do meu sentido a inspiração

Tudo o que escrevo já não flui é obrigação

São só lampejos de muitos versos

feitos com a ternura da pena da emoção

Se eu voltar, é porque a concha onde me encerro

teimou abrir-se para procurar em outros mares

de águas mornas e profundas, algas que a cubram

onde não escutem o gemido do meu pranto

Por piedade, peço por Deus, dai-me descanso!

Fana
Enviado por Fana em 30/10/2009
Código do texto: T1896188
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