SEPARAÇÃO (Para Zane)
Não havia sabido de nada...
É da vida, transparece...
e a gente é que parece
ter a vida dizimada!...
A ambos é difícil
viver junto é como vício
separar é um precipício,
mas, em se tendo um pára quedas
toda queda é sempre nada!...
Vida só é conturbada!
Para um é o braço forte
e sem ele é sempre um corte!...
Para o outro é tão triste
se perder uma poesia,
que dirá, uma poetisa,
mesmo sem sã consciência,
um dia sente a falta
do poema em sua essência!
É duro se dizer: já vai, tarde!
Principalmente quando à noite
em cada um o corpo arde
e o pensamento invade um fardo
entre devaneios árduos!...
Boa sorte para ambos,
que sigam dançando mambos,
para enganar as tristezas,
nada de baixas, nem de escombros
que se dêem vez, a outros ombros...
um dia, a reflexão, mãe de toda ação,
poderá dizer: agora é tarde!
Ciao, ciao, belo! Ciao, ciao, beleza!
Até nunca, de núncaras,
a todo sempre, jamais...
Na Terra do Nunca,
Peter, o pan,
Michael, o filho de Jack
envelheceram tanto
que provocaram prantos...
Nos jardins da nossa infância,
a Sininho não toca mais!...
A Bela Adormecida acordou,
mas não morreu.
E a Branca de Neve, coitada!,
de tão branca foi tão breve...
só não foi escravizada,
pois, o príncipe esvaeceu...
O sonho ainda não acabou,
apenas entorpeceu!
Enfim todo encanto se encanou...
Mas, há trilhas em novas buscas
é isto que prevalece,
pois amor nunca se acaba,
e logo virão novas rusgas
para o carinho aquecer
o amor que permanece, cresce,
não esvaece, segue,
se reforça em novas preces
nova vida refloresce...
E faz-nos vencer... vencer... vencer!
Dê-se conta, isso é vencer!