Sobriedade
Fala-nos de uma sóbria poesia
Olhar pela janela, fito no céu
Compondo de forma sombria
Aparenta tristeza, é cor de mel
De uma forma fria fala da vida
Como se dela desejasse o fim
passa-nos a dor por ela sentida
Antes dela, morte leve a mim!
Pois viver sem os tristes versos
Dessa, ainda, inocente menina
Seria padecer somente nos restos
Aumentaria a minha já triste sina
De visão de mundo, qual uma cela
É aprisionada, tolhida da liberdade
Mas ainda é a doce e singela donzela
Fala de dores nessa ainda tenra idade
Poetisa das mágoas sobre a verdade
Ânseia alçar seu voo, ganhar a orbe
Essa alma contrita plena de saudade
Abre estas asas e compõe a tua ode
Está marcando sua passagem na terra
Com um nome forte, igual a verdade
O seu desiludido poema parece que berra
Sou a essência do jovem, sou a Sobriedade.
Brasília-DF, 28 de outubro de 2009.
Ao ler uma poesia da jovem menina, que assina seus textos como Sobriedade, não pude resistir a vontade a homenagear e, por isso, escrevi esses versos. Espero que ela não fique zangada com uma homenagem tão insignificante perto do seu grande talento.