* Cativo *
 
Ria ser for o caso!
Interprete a seu modo!
Mas não caia fundo nesta malha
Pois eu sou um verso todo
Desde a hora que levanto!
Se me mostro que o valha
É porque escondi meu pranto...
No bordado da toalha!
Eu tateei as margaridas...
Das louças decoradas!
Soprando-as, lhes dei vida
Pra ter rimas perfumadas!
Tenho poções que resguardo...
E com elas sou cuidadosa!
Nas entrelinhas...
Brinco e choro o meu fardo!
Disfarço bem... Mas sou manhosa!
Quando percorro os caminhos...
Tinjo das cores que aprecio!
Fico sempre entre o verde e o rosa!
Derrubo muros, repouso no estio!
Só retorno pra mim mesmo
Quando a fuga não me atrai!
Sou saibro moldando resmas
Trova, soneto,poetrix,haicai!
Derivo pra caber no mundo...
Da alma que me plantou!
Perene no olhar profundo!
Mistura de cada intento...
Sutil ou escancarado!
Sou o verso do sentimento!
Sou o tamanho do momento...
Cativo ou libertado!
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29/10/2009

(Biografar a poesia é dureza: 1º porque...temos que  arranca-la do nosso ser!
2º porque:... a instigamos!
e ela nos carrega pra dentro do texto!)

IZA SOSNOWSKI
Enviado por IZA SOSNOWSKI em 29/10/2009
Reeditado em 29/10/2009
Código do texto: T1894266
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