SALDO DE POESIAS


vendo saldo de poesias
que de tão vazias,
a quem venderia?

pobres rimas delimitadas
que surgem como pancadas

versos dementes
como sonhos do remetente


misturas de alhos e bugalhos
sem métrica ou destinatário

que hoje secam em trempes
sem nada mais de latente

quem há de querer poesias doentes?
de murchos sorrisos, ocultando dentes?

doo então a quem doer
que jogue ao lixo do sofrer

essas poesias velhas e baratas
atulhadas numa página sem graça

(Taciana Valença)
TACIANA VALENÇA
Enviado por TACIANA VALENÇA em 29/10/2009
Reeditado em 29/10/2009
Código do texto: T1894157
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