POEMA DO RIO
No mais profundo do vazio
nasce um rio vagamundo.
Serpenteia entre o nada
e sobre o nunca cascateia.
Na sua mansa loucura
vagueia tenaz e fugidio.
Avança . Nunca descansa.
E se aventura na esperança.
Sonhador contumaz,
canta, chora in natura:
despeja versos emersos
num poema-embocadura.
Lina Meirelles
Rio, 22.10.09