A poesia me arranca bem de dentro essas palavras, contundentes
A doer sempre que arrancadas pela raiz, sangrando emoções
E tantas vezes avanço madrugadas, tantas vezes sou normal
E tantas vezes não, eu perco o sono a perseguir essa inquietação
Sem sustos e sem medo, sem presságios nem pressentimentos
É a hora que passa mais rápido do que se queria e do que podia
É o dia que se anuncia e não vai dar tempo para mais um pouco
Um pouco de luz e paz no silêncio inquieto de onde brota essa poesia
E sem vontade de dormir cansa esse viver e esse não viver
Quando os primeiros pássaros já anunciam o próximo amanhecer
Esse dia que vem, que vai me roubar tanto desse pouco tempo
E me obrigar a fazer tantas coisas que eu não faria se não precisasse
Quando tudo parece tão certo, tudo tão provável, tão plausível
Esse olhar perdido na noite que não acaba persegue nenhum sonho
E ponho em palavras o que não sei entender em sentimentos
A vida, essa incógnita, esse mistério, essa dádiva de maldição
Amanhã, sem que seja dono de meus passos, serei de meu caminho
Amanhã, ainda que seja pago para não ser, terei que ser eu mesmo
Construindo em silêncio o sabor de cada uma dessas palavras
Essa poesia que vive aqui sem pedir licença e vem quando quer
E vai e não volta, de repente chega e se instala e assola a alma
E não me consola na falta de calma, não me aquieta, nem satisfaz
Porque avança a noite e vem o dia, mais um dia, e eu quero mais
E se me lembro não é de hoje esse olhar, essas questões incertas
Não é de hoje se perguntar quais são as perguntas sobre as quais não se faz
E aceitar, não é de hoje, que esses mistérios são belos porque mistérios
Essas dúvidas e essa inquietação que são vida mais que a vida, vividas
Ter um olhar atento ao real e todo o ser bem dentro da imaginação
E nem sequer capaz ser de não imaginar, não viver sem isso, sem nada
Imagino que imaginar é que seja viver o que não se vive nem sonha
Imagino que essa poesia quando vem com essas palavras, vem
Vem como sempre veio, sorrateira, a qualquer hora, sem me avisar
Vem essa poesia me arrancar o sono e essas palavras
Arrancadas pela raiz e sangrando emoções
Essas palavras doendo quando nascem daqui
Bem de dentro de nem sei onde em mim
Imaginação talvez, essa poesia que é viver, esse viver que é poesia
A doer sempre que arrancadas pela raiz, sangrando emoções
E tantas vezes avanço madrugadas, tantas vezes sou normal
E tantas vezes não, eu perco o sono a perseguir essa inquietação
Sem sustos e sem medo, sem presságios nem pressentimentos
É a hora que passa mais rápido do que se queria e do que podia
É o dia que se anuncia e não vai dar tempo para mais um pouco
Um pouco de luz e paz no silêncio inquieto de onde brota essa poesia
E sem vontade de dormir cansa esse viver e esse não viver
Quando os primeiros pássaros já anunciam o próximo amanhecer
Esse dia que vem, que vai me roubar tanto desse pouco tempo
E me obrigar a fazer tantas coisas que eu não faria se não precisasse
Quando tudo parece tão certo, tudo tão provável, tão plausível
Esse olhar perdido na noite que não acaba persegue nenhum sonho
E ponho em palavras o que não sei entender em sentimentos
A vida, essa incógnita, esse mistério, essa dádiva de maldição
Amanhã, sem que seja dono de meus passos, serei de meu caminho
Amanhã, ainda que seja pago para não ser, terei que ser eu mesmo
Construindo em silêncio o sabor de cada uma dessas palavras
Essa poesia que vive aqui sem pedir licença e vem quando quer
E vai e não volta, de repente chega e se instala e assola a alma
E não me consola na falta de calma, não me aquieta, nem satisfaz
Porque avança a noite e vem o dia, mais um dia, e eu quero mais
E se me lembro não é de hoje esse olhar, essas questões incertas
Não é de hoje se perguntar quais são as perguntas sobre as quais não se faz
E aceitar, não é de hoje, que esses mistérios são belos porque mistérios
Essas dúvidas e essa inquietação que são vida mais que a vida, vividas
Ter um olhar atento ao real e todo o ser bem dentro da imaginação
E nem sequer capaz ser de não imaginar, não viver sem isso, sem nada
Imagino que imaginar é que seja viver o que não se vive nem sonha
Imagino que essa poesia quando vem com essas palavras, vem
Vem como sempre veio, sorrateira, a qualquer hora, sem me avisar
Vem essa poesia me arrancar o sono e essas palavras
Arrancadas pela raiz e sangrando emoções
Essas palavras doendo quando nascem daqui
Bem de dentro de nem sei onde em mim
Imaginação talvez, essa poesia que é viver, esse viver que é poesia