Predestinação
Cabia na palma da mão
contas, conchas, segredo
flor, pedra, desejo
boca, olhos e cílios
e esfregava no peito
o que não tinha jeito
de adivinhação...
Era prá chegar assim
sem pedir licença
batendo janelas
arrombando portas
desnudando o corpo
desfolhando pétalas...
Era prá provar dores
prá sentir sabores
sua irreverência
sua doce inocência
no que não tinha jeito
de adivinhação...
Era predestinação
o que antes cabia
na palma da mão...