*** Hora do chá ***
Algumas gotas ficaram
E por mais que queira
Dizer não...
Elas sim... Amargaram!
A tão sensivelmente
Forma moldada
Nos incansáveis dias
No batente da porta
Na hora do chá!
Pena eu tenho agora
De dizer que é poesia
O desabafo desta nota!
Quisera ter jogado fora
Mas era tão puro o que guardei!
E agora nem sei se aponto
O tempo por não avisar
Ou a um tênue fio me atenho?
À não deixar extraviar...
Ocasião pra dar desconto!
Em síntese alivie quiçá,
Este afeto incurável...
Que dá sentido...
E por vezes tira o chão!
Deixando o olhar comprido
Num retalho de ilusão
De só ter subsistido
Porque a hora do chá
Vai ser ponto e reclusão
Tanto aqui...
Como acolá!
*****
28/10/2009