BEIJOS PATERNOS ETERNOS!
O amor paterno é eterno,
o meu velho já se foi faz tempo
e permanece tão vivo...
os meus filhos distantes
são, sempre serão,
os meus amores constantes...
Em tempos de escassez
e de controle de natalidade
a vida paterna pródiga me fez
pai até a 5ª vez...
sem contar os que não contam
que a vida nos apontam
paternidades avulsas, remontam,
bem mais que o contável...
São pessoas que passam em nossa vida
que encontram em nós atenção e guarida...
Em sendo assim sou
e tenho um senso paternal imenso
foi Deus quem doou
e tenho a isso agradecimento intenso...
Aos filhos não fazemos diferença:
a mais velha por ser a primeira,
um amor especial recompensa...
o segundo por ser o único rebento,
que orgulho traz ao nosso sentimento.
À terceira, pelo afeto que me tem,
outro amor fenomenal do meu coração provém...
a quarta, por ser artista serelepe
e de personalidade tão forte,
amo por entender minha sorte
de ter herdado da mãe e ex-consorte
os defeitos nas virtudes que ambas têm...
e a caçula, como dizem, a "raspa-tacho"
tenho amor até pra ser capacho,
num amor que eu me encaixo
seu perfume ainda acho
desde o tempo de nenem...
Querem me fazer o mal maior?
Afastem meus filhos dos meus olhos,
dos meus abraços, sem piedade nem dó
Deixo a todos eles, filhos consangüíneos ou postiços, o meu paterno e eterno beijo!
(Eu passo por isso com as duas últimas filhas usurpadas de mim. Mas
eu creio em Deus que muito antes, assim espero, de morrer, ainda
as terei nos braços. No momento em que a Justiça Divina irá mostrar a elas, as verdade do pai dedicado em todos os sentidos e em todos os tempos, que eu sempre fui.)
Antonio Fernando Peltier
Araci, 28 de outubro
(Dia de São Judas Tadeu, o Santo das Causas Impossíveis, que as trarão de volta pro meu coração!)