POEMA DO ABISMO SEM SAUDADES
Eu nunca mais estarei na tua vida
A dor da ausência agora é jaz, não é doida
Tua distância para mim é um remédio
E o teu silêncio, no final, afasta o tédio
No desencontro do amor tomei coragem
Mudei de rumo respirando novos ares
Achei pessoas que me amam de verdade
Bem mais que tu que amava por vaidade
E nessa história hoje são jaz os teus poemas
Teus belos versos eu servi com outros temas
As passagens que te escrevi foram queimadas
E as suas cinzas num abismo bem lançadas
Tudo aquilo que vivemos hoje são cinzas
E agora dançam numa queda divertida
Embaladas pelos ventos da vaidade
Nessa queda no abismo sem saudades