Qualquer traço ou coisa que o valha

Que o vento me leve num descuido mudo,e que seja breve

para que eu aconteça fim-do-mundo antes que anoiteça

e segundo a segundo eu me ponha a ler entrelinhas

num livro qualquer, desfilando escuridão ou uma nota sem tom.

...vácuo...

que a noite me empurre de repente para as ondas de silêncio

que morrem tontas, quebradas na clausura de quem vive escuridão

só o som de respirar e suplicar ritmado, vendo pelo espelho (partido)

tanta e tantas estrelas num céu inacabado, tingido no último instante

de cor púpura pelo artista que foi primeiro carregado pelo vento.

... como um furacão...

Joana Masen
Enviado por Joana Masen em 27/10/2009
Código do texto: T1890541
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