PENSO EU...


Para que tanta vaidade
nas faces mascaradas?
Para que tanta leviandade
no sopro vil das palavras
que ferem os sentimentos?

Ah, meu pobre tempo!
Tão curto é seu percusso,
tão pesada fica sua carga
com gemidos e soluços...

Tão volúvel é o ser humano
que vegeta de forma amarga
e faz sua cruz bem mais pesada!

Prefiro minha cara lavada
revelando o meu sentir,
minh'alma buscando a paz
e meu olhar insistindo no porvir.

Não entendo a vida como "um tanto faz",
onde só o hoje interessa...
Sou passado desenhando futuro,
mas dele não tenho pressa.

Quero o agora com um sonhar puro,
vivenciar cada momento permitido,
sentir os perfumes das estações
e usar minhas emoções, ser poesia!

Para adiante não ter o olhar duro
e em nada encontrar sentido,
sendo enterrada viva à cada dia...


16/04/2009

Anna Peralva
Enviado por Anna Peralva em 27/10/2009
Reeditado em 05/12/2009
Código do texto: T1890230