O POETA E A CIDADE
O POETA E A CIDADE 06
Somos nós, nesta cidade que é só minha,
Somos nós.
Eu a todos sou ninha,
Tu, a todos, advinha!
Mulher que de tatoo pelo tempo,
Fei-ze do tempo disparada,
Embora os acenos exista,
Verás os acenos, não a vida,
Como de tempos somos carregados,
E dessa bariga que vim,
O sal é em águas.
A vida é em águas.
Somos em águas.
Tu, sólida invasão em faces,
Deixor-nos gasoso.
E o que formos nós, ficou eu.
Somos pouco,
Quase nada.
De te, quase nada.
Mas...de mim
Mas...de mim...de mim
Todo um salgadinho.