O POETA E A CIDADE

O POETA E A CIDADE 06

Somos nós, nesta cidade que é só minha,

Somos nós.

Eu a todos sou ninha,

Tu, a todos, advinha!

Mulher que de tatoo pelo tempo,

Fei-ze do tempo disparada,

Embora os acenos exista,

Verás os acenos, não a vida,

Como de tempos somos carregados,

E dessa bariga que vim,

O sal é em águas.

A vida é em águas.

Somos em águas.

Tu, sólida invasão em faces,

Deixor-nos gasoso.

E o que formos nós, ficou eu.

Somos pouco,

Quase nada.

De te, quase nada.

Mas...de mim

Mas...de mim...de mim

Todo um salgadinho.

Severino Filho
Enviado por Severino Filho em 26/10/2009
Código do texto: T1888839
Copyright © 2009. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.