PLATAFORMA
lílian maial
Vem breve e gentil,
oh, dama indesejada,
que teu hálito sutil
é acre-doce madrugada!
Vem calma, em romaria,
soçobrando em harmonia
a sombra melancólica da noite.
Vem tímida, mais perto,
porque já és dentro.
Vem sem medo, intensa,
porque já és comigo.
Reconheço-te a cada riso,
como olhos que espreitam a certeza.
Vem, sim, toma-me nos braços
e traz contigo a paz do consumado.
Detém tua arrogância
ante o meu silêncio de tormenta,
que de tanto antecipar-te,
já te fiz posseira.
Leva esse corpo,
mas não esquece as marcas,
que hoje é tempo de cicatrizes.
Leva-me a mente,
mas não deixa os sonhos,
que o grão germina em versos
o que se passa a vida cultivando.
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lílian maial
Vem breve e gentil,
oh, dama indesejada,
que teu hálito sutil
é acre-doce madrugada!
Vem calma, em romaria,
soçobrando em harmonia
a sombra melancólica da noite.
Vem tímida, mais perto,
porque já és dentro.
Vem sem medo, intensa,
porque já és comigo.
Reconheço-te a cada riso,
como olhos que espreitam a certeza.
Vem, sim, toma-me nos braços
e traz contigo a paz do consumado.
Detém tua arrogância
ante o meu silêncio de tormenta,
que de tanto antecipar-te,
já te fiz posseira.
Leva esse corpo,
mas não esquece as marcas,
que hoje é tempo de cicatrizes.
Leva-me a mente,
mas não deixa os sonhos,
que o grão germina em versos
o que se passa a vida cultivando.
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