FALA-SE, PORÉM...
Aqui está um herói
Um herói morto
Morto pelas mãos de homens
Com lábios de ferro
Que atraídos por uma taça imantada
Bebem o líquido da cegueira
Impedindo-os de ver:
Que o mundo está embriagado
Pelo líquido sacro e ardente
De uma garrafa rotulada
Com o símbolo do demônio
Suas mentes ambicionam o mundo
Seus corpos viciosos pelo sexo
Suas mãos sedentas de sangue
Mas, no fundo, eles são covardes
E matam traiçoeiramente
As pessoas que falam verdades
E corajosamente abraçam a morte
Assim como Maria Antonieta beijou a guilhotina
Alguém rege o mundo, domina os homens
Ajudados por bonecos disfarçados
Que possuem armas que escravizam e matam.
Nota: Poema feito para uma peça de teatro, feita pelo grupo GEAFAGRA, que teve como título: “FALAR OU NÃO FALAR”.