FALA-SE, PORÉM...

Aqui está um herói

Um herói morto

Morto pelas mãos de homens

Com lábios de ferro

Que atraídos por uma taça imantada

Bebem o líquido da cegueira

Impedindo-os de ver:

Que o mundo está embriagado

Pelo líquido sacro e ardente

De uma garrafa rotulada

Com o símbolo do demônio

Suas mentes ambicionam o mundo

Seus corpos viciosos pelo sexo

Suas mãos sedentas de sangue

Mas, no fundo, eles são covardes

E matam traiçoeiramente

As pessoas que falam verdades

E corajosamente abraçam a morte

Assim como Maria Antonieta beijou a guilhotina

Alguém rege o mundo, domina os homens

Ajudados por bonecos disfarçados

Que possuem armas que escravizam e matam.

Nota: Poema feito para uma peça de teatro, feita pelo grupo GEAFAGRA, que teve como título: “FALAR OU NÃO FALAR”.

Beto Alves
Enviado por Beto Alves em 26/10/2009
Código do texto: T1887656
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