EPÍLOGO
Teus romances são águas de verão...
Vêm fazendo estragos, mas logo se vão,
Marcando do meu coração o descompasso.
Vão deixando-me recordações infelizes:
Em meu peito profundas cicatrizes,
Em minha vida tristeza e embaraço...
Vêm como se fossem um tornado:
Devastando tudo, arrancando o telhado
Do meu lindo castelo de amor...
Vêm com a força de um tufão,
Arrancando de mim a paixão,
Deixando-me um vazio desolador.
Teus romances são para mim um punhal
Que foi cravado, de forma desleal,
Em meu peito sofrido e angustiado...
São eles, infelizmente, para mim
O epílogo de um romance sem fim
Entre a musa e o poeta apaixonado.