Violino... esses sons divinos
E queria mais agora
O alto de uma montanha
Solidão e silêncio e vento no rosto
Arrastando lágrimas furtivas
Necessárias para a morte
Qualquer morte
Um carro alado
Puxado por Apolo
Ou Hades, tanto faz!
Um carro alado que me transporte
Para o nunca mais
De onde nunca voltaria
Jamais, jamais
De onde nunca deveria ter saído
O ventre da terra ou de minha mãe
Não pedi para ser esquecido
Não tentei não sentir
O sangue nas veias
Quente, pulsante e um eu vivo
A dor no peito, ardente
Revela um defeito diferente
Amar... um inferno
Amor não eterno
Inferno, inferno, inferno
No paraíso perdido
Fruto proibido
Uma queda num instante
Por esquecimento não vivi
O que não senti
O que não ouvi
No alto de uma montanha
Levado pelo vento
Junto com as lágrimas furtivas
Solitário e silencioso
Marcos Lizardo
Enviado por Marcos Lizardo em 26/10/2009
Reeditado em 06/09/2021
Código do texto: T1887098
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2009. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.