Nuvens

Ao acordar lembrarei das nuvens

Que passaram ontem.

E procurarei insanamente o teu rosto

Na multidão vazio que me consumirá.

E antes que enlouqueça

Partirei no infinito

Sem gritos, sem dor.

Andarei de mãos dadas

Aos nossos desejos

Infames, hoje eu vejo.

Mas não terei para onde ir

Eles nos pertencem

E seguido e teu cheiro

Embriagar-me-ei

Em delírios e luxurias

Para esquecer teu gosto

Mas sempre estarás nas nuvens

Protegendo-me do esquecimento

Genival Silva
Enviado por Genival Silva em 25/10/2009
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