Doces conclusões
Percebo, hoje, que nunca vi o mar
Mas sinto-o inundar-me no seu olhar
Que nunca enfrentei nenhuma procela
Mas sinto-a ao mirar os olhos dela
Pergunto-me se na vida não fiquei a vagar
Mas vejo que encontrei nela o meu lugar
Será que valeu a pena todo o meu sofrer?
Sinto-o cessar no ardor do bem-querer
Passo a vida indagando o motivo de viver
Descubro que sem ela não há porquê saber
Passo os dias vivendo, sem mesmo entender
Por que ao lado dela a vida passa sem perceber
Passo as noite esperando um novo amanhecer
Inútil, pois com ela sempre haverá o alvorecer
Passo a vida morrendo, sem nunca mesmo morrer
Nela sou imortal, pois ao amor nada poderá deter
Descubro que somente o beijo dela faz-me reviver.
Brasília-DF, 15 de outubro de 2009.