Lembranças...
Minha voz vacila e trôpega, balbucio teu nome.
Meu silêncio, foi inocente espera.
De flor que brota na primavera.
E sorrindo busquei o nascer do sol,
Esperança da novidade que ronda os campos
Em forma de vidas nascidas do amor realizado.
Esperando tua vontade, de me amar de verdade...
Confiança de amor de mocidade,
Puberdade no amar,
Maturidade no chorar, por um amor desfeito.
Com efeito, meus olhos transbordam ilusão,
Pois vejo perene renascer no peito
A fênix da paixão!
E assim, sem pedir licença a dor
Exila meu coração,
Numa ciranda dantesca e imutável,
Onde a música entoada,
Tem canto de negro em senzala,
Com saudades da terra natal,
Olhando os céus de uma terra distante...
E a solidão, de uma noite estrelada,
Se sente embalada, pela balada cantada,
Pelo vento, lento,
Que beija meu rosto, lambendo o salgado deixado,
Por lágrimas que escorrem misturadas,
Ao orvalho da madrugada.
Lágrimas provocadas,
Por lembranças de felicidade, passado...
Hoje como realidade,
Tenho a tristeza e a saudade
Companheiras minhas, inseparáveis.