Loucura madura
Só preciso, é da loucura!
Que é a minha cura...
Para essa vida de clausura.
Introspecta no meu ser
Caminho sem perceber
Ou sem querer ver...
Toda essa pseudo cultura.
É da loucura que preciso!
Para transformar essas cenas
Em imagens menos obscenas
Nessa cloaca do mundo.
Onde todo o vagabundo
É um filósofo da caridade.
Que, com toda a humildade
Pede-te, um troco para o pão.
Também pode ser o do cigarro.
E se você não se importar...
Que tal pagar a cachaça?
São as aves de rapina
Esses vampiros medievais.
Quero toda a minha loucura
Para tratar com mais brandura
Esses selvagens bestiais.
A utopia é menos senil
Que qualquer jovem viril
Com seus desejos de mocidade
Devorando a racionalidade
Desse tempo de estio.