Orgulho

Maria Antônia Canavezi Scarpa

Foi fingindo sempre, que omiti o meu orgulho...

como um dom fui cumprindo esta trajetória,

porque sempre me senti indomável...

e direcionei o curso da minha existência,

a órbita era o meu eu somente

Para provar minha metamorfose

moldei um escudo, onde tranquei a razão

calando a sua voz, toda vez que se rebelava,

foi girando nestas utopias que me perdi,

não respeitei as leis, porque me sentia

dona de dois mundos

Tão individualista, transfigurei a liberdade

para observar apenas o belo,

egoísta ao ponto de centralizar tudo,

sendo um umbigo do mundo...

guardando em segredo o meu abismo...

Quando percebi, que não sabia mais sonhar,

tudo pareceu injusto, arrogante

e quase sem forças ou apoio, quis mudar

lavando minha dignidade inteiramente

frente a frente com todos

Rasgando minha máscara, suscitei plena,

que não era nada, não haviam triunfos,

não haviam glórias, mostrei-me real

comum como todos os demais...mas desejosa

imensamente, de poder voltar a fantasiar...

Tília Cheirosa
Enviado por Tília Cheirosa em 22/10/2009
Código do texto: T1881842
Copyright © 2009. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.